quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vídeo Aula 26 - Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade

    Em setembro de 2005, criou-se na Escola Municipal Professora Esmeralda Salles Pereira Ramos,  localizada na zona Norte da cidade de São Paulo, o grupo de percussão e dança “Uh-Batuk-Erê”, cujo objetivo é desenvolver um projeto integrador que estimule e facilite a vivência com a diversidade das relações sociais e culturais. Os protagonistas são integrantes da comunidade escolar e o projeto é referência comunitária de cultura afro-indígena brasileira.


Confira mais informações em : http://uh-batuk-ere.blogspot.com.br/


O projeto tem como meta sempre buscar:
  • Ações para garantir maior autonomia dos integrantes;
  • Diálogo com a comunidade;
  • Promoção da arte como mediadora do multiculturalismo;
  • Fóruns Comunitários (Identificação das demandas) ;
  • Trilhas culturais: reconhecimento e avaliação critica dos espaços da cidade;
  • Realização de apresentações: Internas e Externas;
  • Protagonismo: trazer e levar as mudanças da comunidade;
  • Reconhecimento;
  • Encontros de formação, oficinas de canto, Oralidade, Artesanato;



Algumas conquistas do projeto:
  • Carta Esmeralda - carta de intenções da comunidade encaminhada aos órgãos responsáveis para que assumissem as demandas da comunidade que forem discutidas nos fóruns;
  • Apresentações externas que levam as ideias para outras escolas e comunidades;
  • Prêmio Paulo Freire de Qualidade de Ensino Municipal;
  • Prêmio Construindo a Nação;
  • Redução de preconceitos e desigualdades.




Vídeo Aula 25 - Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

    Encontramo-nos em um momento de fragmentação, no qual a realidade é multifacetada, com um ritmo frenético, caracterizando assim um tempo de paradoxos, cujos resultados são:
  • Tensão nas relações em geral;
  • Acontecimentos acelerados;
  • Avanços tecnológicos que impactam consideravelmente na vida das pessoas;
  • Transmissão de notícias em tempo real, sendo que outrora, estas poderiam demorar dias para serem obtidas;
  • Crescimento econômico desigual, que não preza o respeito à condição humana.


Assim, a contemporaneidade marca a existência de certos conflitos:





    Pensando-se na comunidade como um espaço privilegiado que garante a permanência de laços sociais mais estreitos e afirmação da identidade de sujeitos e grupo, sugere-se o trabalho em rede, a fim de minimizar os conflitos oriundos da modernidade.

Objetivos do Trabalho em Rede:
  • Potencializar os recursos da comunidade;
  • Fortalecer a implicação dos diferentes atores de uma comunidade;
  • Problematizar, coletivamente, as questões mais emergentes da comunidade;
  • Identificar estratégias de enfrentamento compartilhado.


São atores de extrema importância no trabalho em rede:
  • Professores
  • Conselheiros Tutelares
  • Líderes religiosos
  • Família
  • Educadores sociais
  • Agentes comunitários de saúde
  • Estudantes

Plano de atividades participativas que podem ser desenvolvidos para efetivação do trabalho em rede em prol da comunidade:
  • Fóruns de discussão sobre o ECA;
  • Formação de adolescentes multiplicadores de práticas de solidariedade comunitária;
  • Oficinas de pais e educadores.




Vídeo Aula 22 - Lazer, juventude e esportes


        Juventude, lazer e esportes são temáticas naturalmente associadas, uma vez que os jovens costumam dedicar parte considerável do tempo que possuem a atividades que proporcionem lazer, as quais muitas vezes envolvem a prática de algum esporte.

       Além disso, os jovens tendem a se apegar àquilo que a mídia divulga, e o lazer tem sido veiculado como mercadoria, seu consumo é explorado nos meios de comunicação em massa.

   Os esportes assumem papel de destaque no lazer dos jovens, os quais normalmente se dividem em grupos, "tribos", e estas por sua vez estão associadas a determinados esportes. Assim, de acordo com os valores adotados, o tipo de esporte praticado, a forma de se vestir, a linguagem (repleta de gírias), as manifestações culturais e musicais, caracteriza-se a identidade de cada tribo.

       O fato de o termo jovem ser muito abrangente justifica por que muitas práticas da juventude permanecem ao longo da vida adulta de um indivíduo, como por exemplo o gosto por um esporte radical.   

    Ressalta-se, ainda, que o apelo da mídia e o gosto tendencioso dos jovens por esportes radicais estão relacionados ao espírito de aventura, à imprevisibilidade, ao perigo, ao desafio, à exploração, entre outros fatores.

  Assim, considerando-se que o gosto por esportes radicais é comum na adolescência e isso é algo saudável, é importante que a escola desempenhe alguns papéis voltados a essa perspectiva:

  • Promover novas experiências aos alunos, como inovar as práticas esportivas;
  • Simular a prática de esportes radicais na escola;
  • Buscar a conscientização em relação ao consumo enfatizado pela mídia;
  • Apresentar aos alunos vivências desses esportes fora da escola, retomando a questão de se "romper muros".

SAIBA MAIS SOBRE AS TRIBOS JOVENS


ESPORTES RADICAIS




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vídeo Aula 21 - Lazer, cultura e elementos comunitários


       Ao decorrer desta aula, compreende-se que o lazer pode ser concebido como esfera social e de desenvolvimento comunitário, sendo que cada comunidade tem sua própria concepção do que é lazer.
      
       Afinal, a mesma atividade que para uns pode ser considerada profissão, para outros pode ser lazer, como por exemplo a pesca.
     
     Assim, considera-se que o lazer está livre de obrigações trabalhistas, sócio políticas e religiosas, e envolve descanso e divertimento.

Há diversos interesses que podem proporcionar lazer:

Ressalta-se que uma mesma atividade pode representar mais de um interesse, como o futebol, que pode ser físico ou social.

O lazer pode ser obtido por meio de equipamentos, os quais se classificam em:

  • Não específicos: Lar, ruas e escolas;
  • Específicos: construídos para tal finalidade, são subordinados aos conteúdos específicos do lazer, tais como programação, localização,  atendimento, etc.

Em virtude dos fatos mencionados, percebe-se que os municípios devem estimular a distribuição igualitária dos mecanismos de lazer e/ou à transformação dos espaços não específicos. Para tanto, é necessário pesquisar, mapear a necessidade e interesse da comunidade local, com o objetivo de:

  • Atender à população de forma democrática;
  • Promover atividades de animação cultural;
  • Sensibilizar as pessoas para usufruto do espaço/ equipamento, que deve ser considerado um bem comunitário.



Vídeo Aula 18 - A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo




Imagem Disponível em:
 http://www.boladegudeeducar.com.br/Aulas-especializadas.php
        O professor Marcos Neira nos relata que a Cultura Corporal é toda produção simbólica que envolva as práticas corporais, o que torna esse conceito amplo, envolvendo brincadeiras, danças, ginástica, esportes e até mesmo o jogo de damas, o qual foi utilizado como mote pelo professor, a fim de nos alertar de que a linguagem corporal oferece múltiplas possibilidades.

         Além disso, de acordo com a cultura corporal de cada grupo, os gestos são considerados movimentos dotados de significados, os quais tem sentidos específicos de acordo com a brincadeira, esporte ou dança.

     Pensando-se que cada comunidade ou grupo social possui determinada gestualidade que denota a visão e significado de mundo para seus integrantes, faz-se mister que tais aspectos corporais sejam abordados em sala de aula.

Imagem Disponível em:
http://www.rioeduca.net/blogViews.php?bid=14&id=2217

Princípios curriculares Pós Crítica relacionados ao assunto:

Enraizar as identidades: Questionamentos a se fazer : As culturas corporais da comunidade tem relação com suas identidades? Que sentido isso tem para essas pessoas?

Justiça curricular:
Equilibrar no currículo as práticas corporais que representam todos os grupos, sem exclusão.

Evitar o daltonismo cultural:
A escola precisa reconhecer as inúmeras possibilidades de culturas, e diversificar as experiências para que as diferenças sejam constatadas e valorizadas.

Ancoragem social dos conteúdos :
Promover apenas práticas corporais que existam fora da escola, em outras esferas da sociedade além dos muros da escola, pois a cultura corporal é um patrimônio que requer compreensão e apreciação.


Vídeo Aula 17 - Transformações sociais, currículo e cultura

      É fato que as transformações sociais afetaram diretamente a função social da escola, conforme observa-se abaixo:
  • Globalização - repercute nas relações cotidianas, há o acompanhamento em tempo real de um fato que acontece do outro lado do mundo, bem como potencialização dos veículos de comunicação.
  • Contexto democrático - democratização do acesso nas instituições escolaress, por exemplo o acesso a crianças portadoras de necessidades especiais.
  • Contexto Multicultural - a escola e a comunidade tem diferentes patrimônios culturais, consideram diversos aspectos além das disciplinas, entre eles as vivências, a bagagem e o contexto de origem dos alunos.
  • A escola passou a ter o dever de garantir ao aluno uma experiência social mais qualificada, alguns teóricos recentes  chamam essa experiência de currículo.
         Assim, passou-se a refletir e discutir sobre o currículo escolar, a fim de atender às demandas das evoluções sociais. 
          
          Conforme é possível observar na imagem abaixo, elaborada pela autora do blog, com base nas considerações apresentadas na aula, há notáveis mudanças nas teorias curriculares ao longo do tempo.

         Afinal, a partir do momento que o Currículo é considerado como toda experiência proposta pela escola, ou a partir dela, pode-se estabelecer que todo currículo é uma prática social que interfere na vida escolar dos educandos e deve ser revisto constantemente, para se adequar às necessidades da sociedade em questão.



Vídeo Aula 14 - A cartografia e a representação dos lugares

         

      A partir desta aula, foi possível perceber que um mapa oferece tantas possibilidades de leitura quanto um texto, fato que permite extrapolar a mera interpretação de legendas.
         Além disso, por meio dos mapas é possível estabelecer diversas relações entre as disciplinas, ou seja, a cartografia não se restringe a informações geográficas, uma vez que nos permite apreender informações sobre diversos aspectos da sociedade, o que envolve filosofia, matemática, linguagem, artes, entre outros saberes.
Entretanto, muitos professores ainda delegam aos alunos a atividade de simplesmente copiar um mapa, algo que não tem qualquer caráter educativo, visto que os discentes não atribuirão significado à simples reprodução de um mapa. Por outro lado, a partir do momento que o professor propõe análise, reflexão e associação de dados cartográficos à realidade dos alunos, estes passam a ter significância em suas vivências.
Ao se realizar mapeamento da cidade, do bairro, da região, oferece-se uma ampla possibilidade de estudos aos alunos, a qual pode ser somada ao planejamento de ações transformadoras, após levantamento dos problemas e necessidades do local.
Abaixo, seguem dois exemplos de mapas que permitem diversas interpretações e realização de atividades interdisciplinares, como por exemplo:


  • Matemática: tabela, gráfico dos dados;
  • Português: produção textual que relate os dados contidos no mapa;
  • Artes e Geografia: elaboração do mesmo mapa com interpretação pessoal do aluno;

http://uruatapera.blogspot.com.br/2012/07/mapa-da-violencia-2012.html 
http://orlapolitica.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html