quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vídeo Aula 26 - Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade

    Em setembro de 2005, criou-se na Escola Municipal Professora Esmeralda Salles Pereira Ramos,  localizada na zona Norte da cidade de São Paulo, o grupo de percussão e dança “Uh-Batuk-Erê”, cujo objetivo é desenvolver um projeto integrador que estimule e facilite a vivência com a diversidade das relações sociais e culturais. Os protagonistas são integrantes da comunidade escolar e o projeto é referência comunitária de cultura afro-indígena brasileira.


Confira mais informações em : http://uh-batuk-ere.blogspot.com.br/


O projeto tem como meta sempre buscar:
  • Ações para garantir maior autonomia dos integrantes;
  • Diálogo com a comunidade;
  • Promoção da arte como mediadora do multiculturalismo;
  • Fóruns Comunitários (Identificação das demandas) ;
  • Trilhas culturais: reconhecimento e avaliação critica dos espaços da cidade;
  • Realização de apresentações: Internas e Externas;
  • Protagonismo: trazer e levar as mudanças da comunidade;
  • Reconhecimento;
  • Encontros de formação, oficinas de canto, Oralidade, Artesanato;



Algumas conquistas do projeto:
  • Carta Esmeralda - carta de intenções da comunidade encaminhada aos órgãos responsáveis para que assumissem as demandas da comunidade que forem discutidas nos fóruns;
  • Apresentações externas que levam as ideias para outras escolas e comunidades;
  • Prêmio Paulo Freire de Qualidade de Ensino Municipal;
  • Prêmio Construindo a Nação;
  • Redução de preconceitos e desigualdades.




Vídeo Aula 25 - Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

    Encontramo-nos em um momento de fragmentação, no qual a realidade é multifacetada, com um ritmo frenético, caracterizando assim um tempo de paradoxos, cujos resultados são:
  • Tensão nas relações em geral;
  • Acontecimentos acelerados;
  • Avanços tecnológicos que impactam consideravelmente na vida das pessoas;
  • Transmissão de notícias em tempo real, sendo que outrora, estas poderiam demorar dias para serem obtidas;
  • Crescimento econômico desigual, que não preza o respeito à condição humana.


Assim, a contemporaneidade marca a existência de certos conflitos:





    Pensando-se na comunidade como um espaço privilegiado que garante a permanência de laços sociais mais estreitos e afirmação da identidade de sujeitos e grupo, sugere-se o trabalho em rede, a fim de minimizar os conflitos oriundos da modernidade.

Objetivos do Trabalho em Rede:
  • Potencializar os recursos da comunidade;
  • Fortalecer a implicação dos diferentes atores de uma comunidade;
  • Problematizar, coletivamente, as questões mais emergentes da comunidade;
  • Identificar estratégias de enfrentamento compartilhado.


São atores de extrema importância no trabalho em rede:
  • Professores
  • Conselheiros Tutelares
  • Líderes religiosos
  • Família
  • Educadores sociais
  • Agentes comunitários de saúde
  • Estudantes

Plano de atividades participativas que podem ser desenvolvidos para efetivação do trabalho em rede em prol da comunidade:
  • Fóruns de discussão sobre o ECA;
  • Formação de adolescentes multiplicadores de práticas de solidariedade comunitária;
  • Oficinas de pais e educadores.




Vídeo Aula 22 - Lazer, juventude e esportes


        Juventude, lazer e esportes são temáticas naturalmente associadas, uma vez que os jovens costumam dedicar parte considerável do tempo que possuem a atividades que proporcionem lazer, as quais muitas vezes envolvem a prática de algum esporte.

       Além disso, os jovens tendem a se apegar àquilo que a mídia divulga, e o lazer tem sido veiculado como mercadoria, seu consumo é explorado nos meios de comunicação em massa.

   Os esportes assumem papel de destaque no lazer dos jovens, os quais normalmente se dividem em grupos, "tribos", e estas por sua vez estão associadas a determinados esportes. Assim, de acordo com os valores adotados, o tipo de esporte praticado, a forma de se vestir, a linguagem (repleta de gírias), as manifestações culturais e musicais, caracteriza-se a identidade de cada tribo.

       O fato de o termo jovem ser muito abrangente justifica por que muitas práticas da juventude permanecem ao longo da vida adulta de um indivíduo, como por exemplo o gosto por um esporte radical.   

    Ressalta-se, ainda, que o apelo da mídia e o gosto tendencioso dos jovens por esportes radicais estão relacionados ao espírito de aventura, à imprevisibilidade, ao perigo, ao desafio, à exploração, entre outros fatores.

  Assim, considerando-se que o gosto por esportes radicais é comum na adolescência e isso é algo saudável, é importante que a escola desempenhe alguns papéis voltados a essa perspectiva:

  • Promover novas experiências aos alunos, como inovar as práticas esportivas;
  • Simular a prática de esportes radicais na escola;
  • Buscar a conscientização em relação ao consumo enfatizado pela mídia;
  • Apresentar aos alunos vivências desses esportes fora da escola, retomando a questão de se "romper muros".

SAIBA MAIS SOBRE AS TRIBOS JOVENS


ESPORTES RADICAIS




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vídeo Aula 21 - Lazer, cultura e elementos comunitários


       Ao decorrer desta aula, compreende-se que o lazer pode ser concebido como esfera social e de desenvolvimento comunitário, sendo que cada comunidade tem sua própria concepção do que é lazer.
      
       Afinal, a mesma atividade que para uns pode ser considerada profissão, para outros pode ser lazer, como por exemplo a pesca.
     
     Assim, considera-se que o lazer está livre de obrigações trabalhistas, sócio políticas e religiosas, e envolve descanso e divertimento.

Há diversos interesses que podem proporcionar lazer:

Ressalta-se que uma mesma atividade pode representar mais de um interesse, como o futebol, que pode ser físico ou social.

O lazer pode ser obtido por meio de equipamentos, os quais se classificam em:

  • Não específicos: Lar, ruas e escolas;
  • Específicos: construídos para tal finalidade, são subordinados aos conteúdos específicos do lazer, tais como programação, localização,  atendimento, etc.

Em virtude dos fatos mencionados, percebe-se que os municípios devem estimular a distribuição igualitária dos mecanismos de lazer e/ou à transformação dos espaços não específicos. Para tanto, é necessário pesquisar, mapear a necessidade e interesse da comunidade local, com o objetivo de:

  • Atender à população de forma democrática;
  • Promover atividades de animação cultural;
  • Sensibilizar as pessoas para usufruto do espaço/ equipamento, que deve ser considerado um bem comunitário.



Vídeo Aula 18 - A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo




Imagem Disponível em:
 http://www.boladegudeeducar.com.br/Aulas-especializadas.php
        O professor Marcos Neira nos relata que a Cultura Corporal é toda produção simbólica que envolva as práticas corporais, o que torna esse conceito amplo, envolvendo brincadeiras, danças, ginástica, esportes e até mesmo o jogo de damas, o qual foi utilizado como mote pelo professor, a fim de nos alertar de que a linguagem corporal oferece múltiplas possibilidades.

         Além disso, de acordo com a cultura corporal de cada grupo, os gestos são considerados movimentos dotados de significados, os quais tem sentidos específicos de acordo com a brincadeira, esporte ou dança.

     Pensando-se que cada comunidade ou grupo social possui determinada gestualidade que denota a visão e significado de mundo para seus integrantes, faz-se mister que tais aspectos corporais sejam abordados em sala de aula.

Imagem Disponível em:
http://www.rioeduca.net/blogViews.php?bid=14&id=2217

Princípios curriculares Pós Crítica relacionados ao assunto:

Enraizar as identidades: Questionamentos a se fazer : As culturas corporais da comunidade tem relação com suas identidades? Que sentido isso tem para essas pessoas?

Justiça curricular:
Equilibrar no currículo as práticas corporais que representam todos os grupos, sem exclusão.

Evitar o daltonismo cultural:
A escola precisa reconhecer as inúmeras possibilidades de culturas, e diversificar as experiências para que as diferenças sejam constatadas e valorizadas.

Ancoragem social dos conteúdos :
Promover apenas práticas corporais que existam fora da escola, em outras esferas da sociedade além dos muros da escola, pois a cultura corporal é um patrimônio que requer compreensão e apreciação.


Vídeo Aula 17 - Transformações sociais, currículo e cultura

      É fato que as transformações sociais afetaram diretamente a função social da escola, conforme observa-se abaixo:
  • Globalização - repercute nas relações cotidianas, há o acompanhamento em tempo real de um fato que acontece do outro lado do mundo, bem como potencialização dos veículos de comunicação.
  • Contexto democrático - democratização do acesso nas instituições escolaress, por exemplo o acesso a crianças portadoras de necessidades especiais.
  • Contexto Multicultural - a escola e a comunidade tem diferentes patrimônios culturais, consideram diversos aspectos além das disciplinas, entre eles as vivências, a bagagem e o contexto de origem dos alunos.
  • A escola passou a ter o dever de garantir ao aluno uma experiência social mais qualificada, alguns teóricos recentes  chamam essa experiência de currículo.
         Assim, passou-se a refletir e discutir sobre o currículo escolar, a fim de atender às demandas das evoluções sociais. 
          
          Conforme é possível observar na imagem abaixo, elaborada pela autora do blog, com base nas considerações apresentadas na aula, há notáveis mudanças nas teorias curriculares ao longo do tempo.

         Afinal, a partir do momento que o Currículo é considerado como toda experiência proposta pela escola, ou a partir dela, pode-se estabelecer que todo currículo é uma prática social que interfere na vida escolar dos educandos e deve ser revisto constantemente, para se adequar às necessidades da sociedade em questão.



Vídeo Aula 14 - A cartografia e a representação dos lugares

         

      A partir desta aula, foi possível perceber que um mapa oferece tantas possibilidades de leitura quanto um texto, fato que permite extrapolar a mera interpretação de legendas.
         Além disso, por meio dos mapas é possível estabelecer diversas relações entre as disciplinas, ou seja, a cartografia não se restringe a informações geográficas, uma vez que nos permite apreender informações sobre diversos aspectos da sociedade, o que envolve filosofia, matemática, linguagem, artes, entre outros saberes.
Entretanto, muitos professores ainda delegam aos alunos a atividade de simplesmente copiar um mapa, algo que não tem qualquer caráter educativo, visto que os discentes não atribuirão significado à simples reprodução de um mapa. Por outro lado, a partir do momento que o professor propõe análise, reflexão e associação de dados cartográficos à realidade dos alunos, estes passam a ter significância em suas vivências.
Ao se realizar mapeamento da cidade, do bairro, da região, oferece-se uma ampla possibilidade de estudos aos alunos, a qual pode ser somada ao planejamento de ações transformadoras, após levantamento dos problemas e necessidades do local.
Abaixo, seguem dois exemplos de mapas que permitem diversas interpretações e realização de atividades interdisciplinares, como por exemplo:


  • Matemática: tabela, gráfico dos dados;
  • Português: produção textual que relate os dados contidos no mapa;
  • Artes e Geografia: elaboração do mesmo mapa com interpretação pessoal do aluno;

http://uruatapera.blogspot.com.br/2012/07/mapa-da-violencia-2012.html 
http://orlapolitica.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html

Vídeo Aula 13 - Educação Geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia


        Nesta vídeo aula , a professora Sonia Castellar nos convida a refletir como o professor pode promover um ensino que vá além dos muros da escola, por meio do estudo da cidade,  de sua história, formação, construções, entre outros.

         A partir dessa perspectiva, estudar o bairro em que a escola se situa levará os alunos a refletir criticamente sobre o contexto do qual são oriundos, sendo que o sentimento de pertencimento é algo que facilitará as vivências em sala de aula.       
          
       Além disso, por meio do estudo da comunidade local, há oportunidade de os alunos conhecerem suas raízes históricas, entenderem o porquê de suas famílias estarem em tal lugar, como se estabelecem as relações de vizinhança, a organização do território, entre outros fatores que aproximam esses alunos da dimensão econômica, social e cultural de suas origens.
     
Alguns pontos citados pela Professora Sonia Catellar, os quais são de extrema importância  para a realização desse trabalho focado na comunidade:
  • Associar com outras escolas de outros lugares do mundo, a fim de compreender a diversidade cultural, relação do aluno com o local, cidadania, identidade, etc.;
  • Buscar diferentes níveis de interpretação da realidade (por que as pessoas andam no meio da rua? Por que jogam lixos nas calçadas? ).
  • A comunidade escolar deve entender que a aula deve superar os limites dos muros da escola, fato que constitui o desafio de se estabelecer outras possibilidades para realização das aulas, para que estas deixem de ter a organização tradicional;
  • Esse estudo voltado à comunidade local é uma oportunidade para o professor renovar e aprimorar sua bagagem intelectual;
  • É uma possibilidade de redução dos conflitos internos da escola, pois fará com que os alunos compreendam a cidade como objeto de educação;
  • É uma forma de articular os saberes do currículo tradicional com o conhecimento informal;
  • É necessário realizar um levantamento das problemáticas da região;
  • Planejar intervenção no cenário da comunidade, com ações da escola, pais, demais moradores, comércio, entre outros participantes dispostos a atuar  na transformação da organização do espaço, por meio da reflexão diante dos problemas levantados.

Abaixo, apresenta-se uma reportagem que relata a conquista de Santos, nossa cidade, a qual obteve o título de cidade educadora, em outubro de 2008.




Santos celebrou no último dia 30 de outubro a conquista do título de "cidade educadora", conferido pela AICE(associação internacional das cidades educadoras), com sede em Barcelona , e passa a integrar o seleto grupo de 400 municípios de 34 países, 16 dos quais brasileiros.

A cerimônia que oficializou o ingresso na rede mundial de municípios que priorizam a educação aconteceu na praça Mauá , com a presença de autoridades e centenas de crianças . Na ocasião , representante da prefeitura recebeu a carta enviada pela associação confirmando a filiação de Santos à rede , que foi comemorada com queima de fogos.

O reconhecimento internacional decorre das ações adotadas pela prefeitura nos últimos anos , quando instituiu projetos de inclusão e cidadania , integrando todas as áreas do governo , num trabalho de rede , com a criação do programa 'Santos criança". Dele fazem parte o "Escola total"- jornada ampliada , "nossa escola" , "Pra ver a banda tocar", "Vovô - nauta ", "Grêmios estudantis" e "Santos da gente" , entre outros.


Assim , são garantidos o acesso a atividades de cultura , lazer , esportes e inclusão digital , e ocupados os espaços das escolas , igrejas , sociedades de melhoramentos e praças com atividades educativas, inclusive aos finais de semana.

O ingresso de Santos na AICE foi autorizado pela lei n 2.553 , de 25 de junho de 2008 , publicada no "Diário Oficial de Santos!.

Matéria disponível em: http://santosterraadorada.blogspot.com.br/2008/11/santos-conquista-ttulo-de-cidade.html

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Vídeo Aula 10 - Democracia e Educação em Direitos Humanos


 A Democracia é associada ao modo de vida e na escola,  trata-se de viver democraticamente e não a  partir do domínio de conceitos.


“Temos de ver que a democracia significa a crença de que deve
prevalecer a cultura humanística; devemos ser francos e claros em nosso
reconhecimento de que a proposição é uma proposição moral, como
qualquer idéia referente a dever ser... A democracia se expressa nas
atividades dos seres humanos e se mede pelas consequências
produzidas em suas vidas”. (Dewey, 1970 :212-213).


            Ainda de acordo com o referido autor, todas as relações que regem o ambiente escolar devem ser democráticas. Logo, o ambiente deve ser favorável à concretização dos princípios democráticos e direitos humanos.  Quando somos educados em de um ambiente democrático a forma de nos relacionar com os outros se aproxima, com maior facilidade, de uma relação democrática.

         Além disso, o discurso não pode ser contrário à prática, a escola deve ser um local que forme indivíduos autônomos, alunos críticos, que participem ativamente nessa nova perspectiva da educação. Assim, o discurso de formação cidadã é aliado à prática, a efetivação do que se propõe.

       Para promoção dos direitos humanos, é preciso conhecê-los, retomando-se assim a ideia de que o ambiente escolar deve favorecer a prática destes. Dessa forma, a proposta é educar PARA a DEMOCRACIA e PARA os DIREITOS HUMANOS, EM ambientes DEMOCRÁTICOS, que respeitem TAIS DIREITOS.


        Logo, nota-se que A EDUCAÇÃO é fundamental para se promover os direitos humanos, visto que esta é considerada como a única via capaz de garantir o respeito a estes. 

         Dessa forma, busca-se a construção de uma sociedade com a cultura da paz, que respeite e promova os direitos humanos, a fim de que não seja preciso reparar futuras violações.



O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos prevê que o desenvolvimento da EDH deve ser em 5 dimensões:

1- Apreensão de conhecimentos sobre os Diretos Humanos;
2- Afirmação de Valores: atitudes e práticas que expressem esses direitos;
3- Formação de uma consciência cidadã, saber como busco e/ou revindico algo;
4- Desenvolvimento de processos metodológicos: criação mecanismos que busquem a real participação dos alunos;
5- Fortalecimento de práticas individuais e sociais: não basta ter conhecimentos e ou valores, mas sim vivenciar a cidadania ativa.



Como se observa nas charges abaixo, o respeito aos direitos humanos, infelizmente, ainda é visto como motivo de piada pela sociedade, fato que nos alerta à NECESSIDADE URGENTE de se buscar o resgate desses valores na escola.

Disponível em: http://vousermembrodomp.wordpress.com/tag/direitos-humanos/


Disponível em: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2011/12/direitos-humanos.html

Para inserção dos Direitos Humanos nos currículos escolares, é possível utilizar as seguintes dimensões didáticas- pedagógica:
  • Pluridisciplinaridade: estudo do objeto de uma disciplina pelo ângulo de várias outras ao mesmo tempo;
  • Transdiciplinaridade: referente ao conhecimento próprio da disciplina, mas está  além dela, tanto no espaço quanto no tempo. Unidade do conhecimento- parte e o todo;
  • Interdisciplinaridade: integração das diferentes áreas do conhecimento.

Vídeo Aula 9 - Educação Comunitária e Direitos Humanos

        Conforme a professora Ana Maria Klien, a ideia de Educação Comunitária surge no contexto da educação não formal, e a partir da década de 80 passa a integrar a perspectiva da educação formal, no ambiente escolar, com intensificação na década de 90.

          Tal conceito de educação caracteriza-se pela democratização do espaço escolar e das relações particulares de todos os envolvidos em tal ambiente e pela busca da qualidade na educação. Assim, a educação comunitária, considera todos os contextos e espaços educativos, tais como:


  • Família;
  • Cidade;
  • Sociedade;
  • Escola.
          Além disso, o principal objetivo da educação comunitária é a formação de sujeitos coletivos, ou seja, pretende-se formar alunos comprometidos com a coletividade e processos democráticos, com visão crítica em relação à necessidade de mudanças, de transformações sociais.

          Para o educador Paulo Freire, é preciso aprender NA COMUNIDADE, COM ela e PARA ela. Logo, é necessário que as escolas sejam menos fechadas, mais próximas da população em geral. Esse fato retoma a ideia discutida diversas vezes ao decorrer das vídeo-aulas, a qual consiste na relação da vivência da comunidade com os conteúdos escolares, de forma que o entorno da escola passe a ser objeto de discussão e reflexão na escola.
         Assim, a cidade passa a ser privilegiada dentro da escola, uma vez que para que haja educação comunitária, é preciso que outros espaços do cotidiano permeiem o currículo escolar, a fim de que este seja baseado na demanda e interesses da comunidade.

           Com base nessa ideia, na década de 90 surge o conceito das Cidades Educadoras, na Espanha, por meio da elaboração de uma carta que reconhece que a educação não se restringe à escola, visto que a cidade também é um espaço educativo.

          Reiterando essa perspectiva de estabelecer relação entre escola e cidade, por intermédio de parceria e relações democráticas, é válido ressaltar que os Direitos Humano estão diretamente ligados à democracia, estabelecendo uma relação indissociável parta se promover:


·         Liberdade;
·         Igualdade;
·         Solidariedade.

Na escola, os direitos humanos estão relacionados a valores e ações necessárias à formação dos cidadãos em sociedades democráticas e ao desenvolvimento integral do ser humano, e perpassam pela maioria dos temas que envolvem a realidade social, como por exemplo:

·         Direitos Sociais Econômicos e Culturais;
·         Direitos das Crianças e Adolescentes;
·         Discriminação Racial;
·         Discriminação contra a mulher;
·         Direitos relacionados á educação;
·         Gênero e orientação sexual na educação.


A seguir, apresenta-se um vídeo que relata o projeto de Educação Comunitária e Cidades Educadoras, o qual foi executado pela Escola Municipal Professor Ary de Oliveira Seabra.




Vídeo Aula 6 - Educação comunitária e questões de gênero na escola

      Nesta aula, propõe-se o trabalho baseado na ética e igualdade de gênero, por meio da apresentação de um projeto de intervenção e investigação, o qual nos alerta da importância de a escola não se isolar da responsabilidade da comunidade, como por exemplo em relação a violência contra a mulher.

      Assim, o objetivo principal da vídeo é conscientizar os espectadores sobre o papel fundamental da escola na inserção de temas relevantes para a comunidade  no currículo.

Imagem disponível em: <http://www.zoom.org.pt/moodle/course/view.php?id=71>. Acesso em 09.nov.2012.


Confira, abaixo, um texto vencedor do 2º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero , do Edital de Pesquisa no campo dos estudos de gênero, mulheres e feminismos, promovido pelo Governo Federal.


Delas e deles, daqueles e daquelas, contudo (não) somente eles e elas

Decifra-me ou te devoro, disse a esfinge.
Devora-me e não me decifra, digo eu. Não me aceitas porque me desentendes.
Eu deveria me ser, mas antes disso, sou tu, sou ele e sou nós. Antes de ser plena, sou pequena. Isso é ser? Não. 
Não há ninguém? Há, mas ninguém é. Minto, poucos são.
Disseram-me que já fui densa, tensa e intensa. Ele é mais, e me deixa menos, cada vez menor.
Fui um dia, não sou mais, serei?
Não me aceitas porque me desentendes. Sem entendimento não há aceitação.
Certas reflexões me atormentam. Mas não seria tudo um tormento? Na verdade são 
imposições, formas que limitam e definem o que não pode ser definido. São preconceitos, modelos sem vida. E essas imposições me ignoram, não por me deixarem de lado, mas por me incluírem nisso. Eu não as ignoro, as vivencio. 
Eterno convívio sem compreensão. Monólogo entre dois: um que pelo ego oprime e outra que pela opressão se perde. 
Não existe perda por si só, os outros a fazem existir. 
E por ainda, aqui estou, estando e tendo. Estando nesse estado que me é e me faz do jeito que sou.
Sou uma vírgula.
Às vezes me tomo por devaneios, o silêncio é o maior deles. Apesar de que o silêncio seja uma mera idealização, as mudanças, estas sim, são o ideal, e eu sou a ideia, ou pelo menos a crio. 
Quem fala mais alto? Eles ou elas? É lamentável: eles falam e elas calam-se. 
Caladas, mas nunca em silêncio. Fomos um dia pequenas, encolhidas, mas crescemos, mudamos!
Sou uma exclamação.
Porque será que nem tudo é o que aparenta ser? São dúvidas cruéis. Mas não tão cruéis como a dor da indiferença, do desalento e do desrespeito. Isso é doído, me dói, destrói. Só eu sinto essa dor?
Sou uma interrogação.
Não me conformo com a diferença, é dor, é cruel, é ruim. Somos e pronto. 
Não. São assim, mas não deveriam ser. Fazem assim, mas não deveriam fazer. Pensam assim, mas não deveriam pensar de tal maneira. Não sei o que sou, ou pelo menos o que aparento ser. Contradigo-me, mas seria eu uma contradição? Não.
Sou um ponto final. 
Mas nem todo final indica conclusão. Finalizam-se as coisas, mas nem todas elas têm um fim.
A desigualdade é racional? Fico a meditar sobre isso, e não obtenho respostas. Lembra-te que nem todos os questionamentos são imediatos e nem sempre as soluções possuem racionalidade.
Abstraio-me demais, mas a abstração nem sempre é uma boa forma de entendimento. 
Encarar-se-á as coisas por completo, como um todo, coisas totalmente inteiras e ao mesmo tempo vazias. Vazias de significado, vazias de sentimento, visto que sentimento é vital, e sem sentimento não se é humano, apesar de que nem tudo humano é bom.
Um homem e uma mulher. Até quão são diferentes? Mutáveis, desesperados, incrédulos e desentendidos? Se são iguais, não sei. Nem sempre a igualdade vem ao caso, o importante é pra onde ela vai.
Conflito demasiado problemático esse das diferenças, mas a meu ver o mais agravante é o dos gêneros, há o masculino e o feminino, simplicidade mentirosa, porém tortuosidade absoluta. Admito, é ruim ser metade. É um todo incompleto. Talvez o perdão seja um auxílio certo, mas a certeza de que haja cumplicidade e respeito é imprecisa.  
E se os papéis fossem invertidos? Ou melhor, subvertidos; ainda assim o problema carregaria a sua complexidade. Complexidade inventada e artificial, porque homem e mulher antes de tudo são pares, pares que se aceitam, respeitam-se e finalmente complementam-se. Posso ter confundido as coisas, desprezado a objetividade, mas somos sujeitos, e não objetos. Somos reflexivos, recíprocos, somos o que podemos ser de melhor.
Sou uma vírgula, uma exclamação, uma interrogação e um ponto final.
Somos vírgulas, exclamações, interrogações e pontos finais.
Somos. Palavra bonita: SOMOS. Leio-a ao inverso e é a mesma coisa, a mesma coisa que muda, acrescenta e ama. SOMOS é igual a igualdade.
Somos, ainda que eu seja eu e você seja você.
Sejamos. 
Sou nós. Sou eles, elas. Sou tu. Sou eu.
Eu sou. E há respeito, pois sou tu, e tu me és. Faço parte de ti e tu fazes parte de mim. E respeito haverá porque ainda que sejamos nós, eu sou eu e você é você.
Somos múltiplos, vários e mais que isso: únicos.

Autor: Pedro Henrique Couto Torres - CEAN – Centro Educacional Asa Norte – Brasília/DF.

Vídeo Aula 5 - Protagonismo juvenil e participação escolar

A aula destaca a importância do papel ativo do aluno, de forma que o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a agir como mediador, que atua lado a lado com o aluno, afim de se construir valores de ÉTICA CIDADANIA.

      Propõe-se a adoção de metodologias ativas de aprendizagem, por meio da contextualização baseada em situações problemas focadas nas vivências dos alunos, sendo que eles também  podem problematizar situações conflituosas de suas vidas.

        Os seguintes meios são apontados como forma de se promover a participação efetiva dos jovens:

  • Assembleias Escolares
  • Grêmios
  • Mediação de conflitos em sala
  • Fóruns que envolvam escola, família e comunidade, com utilização de estratégias que mantenham o jovem como destaque.

Abaixo, apresenta-se exemplo de uma escola que possui o projeto "Aluno Protagonista":


projeto “Aluno Protagonista” desenvolvido na Escola Estadual de Educação Profissional Doutor José Alves da Silveira, situada em Quixeramobim, visa a intervenção do jovem no contexto social escolar onde ele é o ator principal.




Para a execução do projeto, existe um calendário exposto na sala de aula, sendo que a cada semana uma turma é a responsável pelas ações protagonistas, sendo 09 alunos por dia, de acordo com a sequência da chamada.

As atividades iniciam às 7h10, os alunos protagonistas, identificados com uma bata, recepcionam os colegas no portão da escola e os acompanham até as salas de aulas, colaboram com os colegas de sala, no desenvolvimento de atividades de estudo, visando a melhoria geral dos rendimentos e eficácia da aprendizagem. Durante os intervalos, coordenam ações recreativas e colaboram com a limpeza das mesas do refeitório.

Conteúdo disponível em: http://eeepdrjosealves.blogspot.com.br/2011/06/projeto-de-protagonismo-juvenil.html